quarta-feira, 23 de março de 2011

BRASIL 2 EUA 1

Não passaremos por cima da carne seca assim. Se paçoca dá barriga pra uns, esta paçoca também enche o bucho de outros. E, no geral, os uns estão em número menor que os outros. Depois de ver o FABRICANDO TOM ZÉ , eu resolvi dar um giro de 180 graus por aqui. Porque “em 80, eu tava tão fodido, tão invejoso e tão filho da puta”: que resolvi dar uma pirada. Ops, uma pirueta. 

Azedos tempos de balé. Não, a única professora que tive em seis anos, não conseguiu despertar o Cisne Negro que havia em mim, e acho que, apesar do jeitão, ela não lançaria mão do assédio sexual para tanto. Mas despontou um joanete e, junto ao nazismo geral do lance, foi motivo pra que eu fosse da barra ao street dance, sem escalas. Foi bom até eu enjoar das músicas. E olha que eu evitava fortemente ver qualquer videoclipe.
O Cláudio dos Cassetas, numa entrevista a Playboy, soltou uma frase cuja verdade é tão descarada que não se pode discordar, apenas rir sobre a ironia de você, leitor e cinéfilo de terceira, não ter relacionado isso antes: existem três coisas nas quais os americanos são imbatíveis – jogar beisebol, dançar sapateado e escrever roteiros. 
 

Aí foi-se o Oscar, e nem disso precisamos falar, tudo está dito. Nada de Lixo Extraordinário, mas vou dar o Oscarito do mês para, não um, mas dois filmaços brazucas: É PROIBIDO FUMAR e HISTÓRIAS DE AMOR DURAM APENAS 90 MINUTOS. Roteiro, minha gente: ou presta, e justifica uma produção, ou não presta, e só justifica os milhões.
Quando a TPM passa e a poeira abaixa, eu até sinto orgulho de ser brasileira. Vamos aproveitar, nunca dá pra saber quanto tempo pode durar um romance tão instável. A última vez que fui ao cinema pra ver um brasileirão foi o filme do Jabor. Faça-me...

A diretora, roteirista e produtora assinante do filme que, num humor negro edificante, curte com a noção de que cigarro mata é, graças à entidade Ribeiro-Holanda (filha de Darcy com Sérgio), de fabricação nacional. Obrigado por fumar? Veja (ou assista) também DURVAL DISCOS, darling.


 Por fim, pra não dizer que não falei das flores do jardim do vizinho, recomendo à queima-roupa o americano espírita UM OLHAR DO PARAÍSO. Aquele elenco pelo qual dá vontade de ir ao cinema (ou à locadora) com roupa de gala e, sem sacanagem, o filme sobre espiritismo mais inteligente que vi até agora. Desculpe aí qualquer indelicadeza, Bezerra e Chico, mesmo. É que a gente tem que produzir MUITA animação antes de invocar os santos. Kissed for the very first time.


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